Teaser do filme relativo ao projeto CRUSTANHA

Será lançado em breve um documentário relativo à pesca do caranguejo em Portugal em canal publico. Este filme permitirá mostrar a importância da pesca dos caranguejos estuarinos e lagunares em Portugal que, embora se desconheça, teve em décadas passadas uma grande importância para muitas comunidades piscatórias

Teaser Crustapanha

24 de Junho de 2022 – Reunião de divulgação dos principais resultados do projeto

No dia 24 de Junho de 2022 foi realizada uma reunião na Universidade do Algarve onde foi apresentado o resultado de quase 4 anos de estudos realizados com a comunidade piscatoria. Estiveram presentes varias associações de pescadores e organizações de produtores, capitanias, ICNF, cientistas do IPMA-IPIMAR e UALG, DRAP-Algarve. Os resultados recolhidos no âmbito do projeto podem suportar a regulamentação da pesca do caranguejo em zonas estuarinas-lagunares pois cobrem aspetos relacionados com a biologia dos recurso e o seu estado de conservação. Ficou a universidade do Algarve responsável por agilizar o pedido de regulamentação à tutela.

 

 

PDF com apresentação dos resultados.

Outros objetivos

Será desenvolvido uma base de dados acoplada a um Sistema de Informação Geográfica – SIG para visualização dos dados recolhidos em campo. Tal permitirá que os dados recolhidos em campo pela equipa científica, pelos inquéritos e diários de pesca/apanha por todos os intervenientes estejam rapidamente disponíveis para visualização (a desenvolver por NOVA IMS – Information Management School).

Ria de Aveiro

Proposta de regulamentação

A informação sobre os mariscadores que se dedicam a apanha de caranguejos é escassa ou inexistente. Os caranguejos podem ser apanhados para consumo (ex: cavalete) ou para utilização indireta como é o caso do isco vivo para a pesca. A apanha de caranguejos pode ser exercida à mão, mas muitas vezes são utilizados covos ou nassas na sua captura (artes de pesca). A atividade da apanha e pesca de
caranguejos não está descrita, mas é caracterizada por ser feita individualmente por cada pescador (à mão) em sistemas lagunares costeiros e sistemas estuarinos, em zonas lodosas/arenosas. Existem espécies que são apanhadas para consumo pessoal como acontece como o cavalete ou mesmo o caranguejo verde. De qualquer forma, os caranguejos constituem um marisco muito apreciado na gastronomia dos Portugueses sendo um marisco consumido tradicionalmente, cuja crescentes procuras
têm contribuído para os elevados preços atingidos para algumas espécies. Não existe regulamentação da pesca do caranguejo, nomeadamente do número de licenças ou esforço de pesca sustentável; capturas diárias espécies; tamanhos mínimos; defesos; locais de apanha etc., em nenhuma zona do país e a apanha ou pesca excessiva pode levar a desequilíbrio nas populações que nos vulneráveis pois a sua distribuição ocorre em zonas bastante acessíveis, pouco profundas em zonas entre marés.

Caraterização socioeconómica

Serão efetuadas deslocações a diversos portos/locais de pesca para a realização de inquéritos ou entrevistas de modo a recolher informação sobre esta atividades, sobre o número de pescadores envolvidos, importância para as famílias desta atividade etc. Este estudo/tarefa será feito em parceria (cooperação científica) com Investigador especialista (socioeconómica das pescas) do CESAM – Universidade de Aveiro.

Formação aos pescadores da pesca do polvo para as experiências com caranguejo

Estudar a ecologia das espécies de interesse comercial

Carcinus maenas na zona intertidal
Afruca tangeri em zona de sapal

No entendimento das AP/OP persiste a dúvida se os caranguejos comem outras espécies de invertebrados, por exemplo bivalves com interesse comercial como a ameijoa-boa ou berbigão. De fato, argumentam que se existir muito caranguejo e não for apanhado isto não será positivo por exemplo para os mariscadores uma vez que como amêijoa, berbigão etc. Mas por outro lado argumentam que os caranguejos têm efeitos positivos porque o caranguejo é detritívoro e ajuda a remover os “mortos/limpar fundos”, aumentando a qualidade das zonas de apanha. Neste sentido levantam-se várias questões que o CRUSTAPANHA pretende ajudar a solucionar relacionados com a ecologia alimentar e tipo de habitats onde as espécies de caranguejos residem.

Estudar a biologia reprodutiva do caranguejo

Não existe informação, sobre a atividade da apanha ou pesca em si, nomeadamente: número de marés diárias, dias de pesca, tempo de apanha, tempo por maré, áreas de pesca e tipo de artes utilizadas ao longo do ano. A avaliação dos mananciais de caranguejos será feita de duas formas distintas: i) saídas em campo em diferentes locais pré-determinados com a ajuda dos pescadores (por exemplo faremos contagens com drone para a espécie Afruca tangeri) e ii) dados da pesca experimental/cientifica (rendimentos da pesca), através das parcerias estabelecidas com pescadores/colaboradores, Associações de produtores ou Associações de Pescadores (e.x. para o Carcinus maenas). Ambas as aproximações anteriores para avaliação dos recursos são complementares e necessárias para tentar avaliar o estado dos recursos pesqueiros. Pretende~se conhecer as áreas de pesca de caranguejo e na medida do possível a sua distribuição nos diferentes locais de estudo e a sua demografia.

O caranguejo é utilizado para a pesca do polvo, assim iremos fazer uma estimativa do total de caranguejo utilizado para a pesca. Por último, será feito para o caso da frota do polvo do Algarve um estudo para verificar a eficiência da pesca com isco morto e isco vivo (caranguejo).

Fêmea de caranguejo (Carcinus maenas) com o aparelho reprodutor (ovas de cor laranja) maturo (figura à esquerda) Macho de caranguejo (Carcinus maenas) com o aparelho reprodutor maturo (figura à direita)
Medições em laboratório

Estudo da dinâmica populacional (avaliação dos recursos)

Caranguejo da espécie Carcinus maenas
Caranguejo da espécie Carcinus maenas (caranguejo verde) à venda no mercado destinado ao consumo direto.

Não existe informação, sobre a atividade da apanha ou pesca em si, nomeadamente: número de marés diárias, dias de pesca, tempo de apanha, tempo por maré, áreas de pesca e tipo de artes utilizadas ao longo do ano. A avaliação dos mananciais de caranguejos será feita de duas formas distintas: i) saídas em campo em diferentes locais pré-determinados com a ajuda dos pescadores (por exemplo faremos contagens com drone para a espécie Afruca tangeri) e ii) dados da pesca experimental/cientifica (rendimentos da pesca), através das parcerias estabelecidas com pescadores/colaboradores, Associações de produtores ou Associações de Pescadores (e.x. para o Carcinus maenas). Ambas as aproximações anteriores para avaliação dos recursos são complementares e necessárias para tentar avaliar o estado dos recursos pesqueiros. Pretende~se conhecer as áreas de pesca de caranguejo e na medida do possível a sua distribuição nos diferentes locais de estudo e a sua demografia.

O caranguejo é utilizado para a pesca do polvo, assim iremos fazer uma estimativa do total de caranguejo utilizado para a pesca. Por último, será feito para o caso da frota do polvo do Algarve um estudo para verificar a eficiência da pesca com isco morto e isco vivo (caranguejo).

Caracterização da pesca de caranguejo

A informação sobre os mariscadores que se dedicam a apanha de caranguejos é escassa ou inexistente. O caranguejo pode ser apanhado para consumo direto (ex: Uca tangeri, ou cavalete) ou para utilização indireta como é o caso da sua utilização para isco vivo para a pesca (robalo, polvo, outras espécies de peixes). A atividade da apanha e pesca de caranguejos não está descrita, mas é realizada em diferentes sistemas lagunares costeiros e sistemas estuarinos. Neste projeto iremos aprofundar o conhecimento relativo à apanha e pesca de caranguejos em sistemas estuarinos ou lagunares que constituirá uma memória descritiva desta atividade da qual pouco se conhece. Como é feita a apanha e qual a sua finalidade? Circuitos de comercialização e venda; origem dos caranguejos e destino? O estado da arte será feito pela primeira vez.

Reunião na Universidade do Algarve, 16 de Outubro de 2018

No dia 16 de Outubro de 2018 realizou-se uma reunião na Universidade do Algarve para dar formação á cerca da logística necessária para a realização do estudo da pesca com do polvo com covos iscados com caranguejos (um dos objetivos deste projeto é estimar a potencial quantidade de caranguejo necessária a pesca do polvo, sua sustentabilidade e verificar se a pesca do polvo aumenta o esforço/rendimentos da pesca). Tal só será possível fazer com ajuda dos profissionais da pesca no Algarve.

[ver PDF da apresentação]